EPIs de baixa qualidade devem ser extintos com a entrada do Inmetro
Os calçados profissionais representam uma considerável fatia da produção de EPIs : 36% do total de aparatos de proteção fabricados no país, o que movimenta 700 milhões de dólares/ano, indicam dados da Animaseg. "A idnústria nacional atende plenamente À demanda brasileira e é majoritariamente a fornecedora desse mercado, tendo inclusive realizado esforços bem sucedidos na exportação desse item", afirma o diretor-executivo da entidade, Raul Casanova Jr. Ainda de acordo com o executivo da Animaseg,existe uma ampla variedade de calçados para todos os tipos de riscos e com qualidade variável no mercado nacional. Alguns, inclusive, capazes de atender às mais exigentes necessidades. "Contudo, também existem produtos de baixa qualidade,como apontam alguns fabricantes, que acreditamos que serão extintos a partir da entrada desse EPI o Sistema Inmetro de Certificação", diz, lembrando que atualmente os calçados de segurança ainda têm lotes avaliados por laboratórios credenciados ao Ministério do Trabalho para a obtenção do CA (Certificado de Aprovação). Se depender da Associação da Indústria de Materiais de Segurança e Proteção ao Trabalho, os calçados de segurança devem,sim, seguir a sistemática do Inmetro em um futuro não muito distante. Quem garante é o dirigente da instituição Jorge Smilgys. "Como presidente da Animaseg sempre luto pela ideia de um selo como do Inmetro para avaliação dos calçados que o consumidor adquire. Hoje temos um certificado que aprova que ele está apto para determinada função, porém, não garante que o EPI que é produzido seja igual ao que foi aprovado. Deveria existir uma melhor regulamentação e fiscalização com o objetivo de aumentar a exigência de matérias-primas e qualidade no processo de produção do calçado. Com isso haveria não só calçados com maior tecnologia, mas também uma concorrência mais saúdavel para um público exigido", defende.
Fonte : Revista Proteção. n° 274.